Elite - 4° temporada - Crítica SEM SPOILERS
Uma nova fase começa em Las Encinas, onde alguns personagens que já conhecemos estão de volta, porém entram novos personagens e um novo mistério surge. Tinha tudo pra ser uma das melhores temporadas. Pena que não deu certo.
Após o anúncio de que praticamente metade do elenco original de Elite sairia devido ao fim das histórias de seus personagens, o público ficou receoso sobre a 4° temporada, alguns dizendo que mais uma temporada seria desnecessária, outros dizendo que pode ser bom pra dar um novo fôlego pra série. Eu estive do lado de que continuar produzindo a série seria dispensável, e pela minha percepção, acho que estava certo.
Com a saída dos incríveis personagens Carla (Ester Exposito), Lucrécia (Danna Paola), Nadia (Mina El Hammani) e Válerio (Jorge López) no fim da 3 temporada, a nova temporada começou com uma nova fase, agora com o restante do elenco original Samuel (Itzan Escamilla), Guzman (Miguel Bernadeau), Omar (Omar Ayuso), Ander (Arón Piper) e Rebeka (Claudia Salas) que acabaram sendo reprovados no ano anterior e voltam para o último ano, junto com Cayetana (Georgina Amorós) que virou faxineira do colégio. Com isso a série nos apresenta novos personagens, os filhos do novo diretor Benjamin, Ariadna (Carla Díaz), Patrick (Manu Rios) e Mencía (Martina Cariddi), e todos acabam se envolvendo em um novo mistério.
A começar por Samuel e Guzman. Amigos desde a 2° temporada, eles acabam se envolvendo em um triângulo amoroso com Ariadna, após terminarem seus relacionamentos com Carla e Nádia respectivamente, devido a distância. O triângulo, aparentemente, não funciona de nenhuma maneira. Começando principalmente por conta da química. Talvez devido a termos vivenciado e amado Carla e Samuel, nós não conseguimos ver Samuel com uma nova garota tão rapidamente, principalmente um dia antes da Netflix ter lançado o curta do ex-casal mostrando sua ruptura. Carmuel era um casal que muitos gostavam. O mesmo para Nádia e Guzman, exalavam química em cena e tinham 100% a torcida do público, foi muito estranho ver Guzman com outra pessoa, aliás preciso comentar no péssimo desenvolvimento do personagem que fez ele voltar a ser quem era na 1° temporada: insuportável, mesquinho e arrogante. Foi péssimo ver esse tipo de tratamento que fizeram. Bom, em minha opinião, esse triângulo amoroso flopou antes mesmo de começar, principalmente porque Ariadna acabou se mostrando uma insuportável, com ares até da Marina da 1° temporada.
Com Omar e Ander, infelizmente o desenvolvimento continuou o mesmo. Após tentarem dar uma nova chance um para o outro depois de tantas traições, eles acabam formando um trisal com o novo personagem, Patrick. Confesso que as cenas entre os três fazendo sexo foram muito boas e com certeza empolgaram o público, mas logo depois o clichê começou, que alguém sairia machucado, o que já era de se esperar. Não vou em muitos detalhes para não dar algum spoiler, mas digo que essa trama acabou se mostrando apenas para chocar o público com as inúmeras cenas de sexo, e isso não me chocou, afinal os personagens acabaram pecando desenvolvimento de Omander desde a 2° temporada, e na 3° só piorou, então se esperar uma diferença entre o casal, não tenham expectativas.Com Rebeka acabei gostando da nova história em que a envolveram. Ela começa a se relacionar com Mencía, porém o que Rebeka não sabe é que Mencía acaba se entrando no mundo da prostituição após seu pai cortar todo o seu dinheiro, e isso causará conflitos entre as duas e as que a cercam. Confesso que me surpreendi com as duas, mostraram uma grande química e era muito interessante vê-las em cena, aliás Mencía foi praticamente a única personagem nova da qual eu realmente gostei, a trama delas é boa e envolvente. Um dos pontos altos dessa temporada.
Deixei esta por último porque foi a trama mais interessante na minha opinião, e essa foi a da Cayetana. Terminado os estudos em Las Encinas e trabalhando como faxineira pra pagar a faculdade e se sustentar, ela acaba conhecendo Phillipe (Pol Granch) um príncipe da alta realeza que vai estudar no colégio. A trama pode até ter uma essência de Cinderela moderna, mas com certeza foi o maior acerto. E milagrosamente Cayetana foi a única personagem que teve desenvolvimento, aquela jovem que se mentia para todos dizendo ser rica e não filha de uma faxineira continua aqui, mas com uma nova personalidade e evolução, uma das melhores construções de personagem que eu já vi. Posso estar até exagerando mas ela foi com toda certeza a melhor dessa temporada.
O final se mostrou algo fraco e até mesmo anticlimático comparado ao final das temporadas anteriores, e sinceramente teve até alguns furos no roteiro, mas acredito que terminou de forma justa para alguns personagens que temos acompanhado desde o início da série.
A 4° temporada de Elite se mostrou despretensiosa com uma nova história e uma nova fase, mas devido a história fraca, tantos personagens "insuportáveis" e alguns mal desenvolvidos, e é claro, a saída do antigo elenco fez com que a essência de Elite se apagasse a cada nova temporada, nos restando apenas as cenas de sexo, que é só isso que a série é lembrada ou comentada nas redes sociais. A 5° temporada já está confirmada, resta saber se teremos novamente uma história pra contar ou se as cenas ousadas serão suficientes pra conseguir trazer público.
NOTA 6.5/10
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