Malévola: Dona do Mal - Crítica - SEM SPOILERS





5 anos...após quase 5 anos de espera, finalmente veio a tão aguardada sequência. Poderia dizer que foi uma ótima sequência, que foi um sucesso, que honrou o primeiro filme, certo? Errado, Malévola: Dona do Mal nos fez repensar se alguns filmes merecem mesmo uma continuação.


5 anos após os acontecimentos finais do primeiro filme, a princesa Aurora (Elle Fanning) aceita o pedido de casamento do príncipe Phillip (Harris Dickinson), mas Malévola (Angelina Jolie) não aceita, e é influenciada por Aurora à conhecer a família de Phillip, e lá ela não se dá bem com a rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer), e com isso surge conflitos entre ambos os reinos e suas rainhas.


O filme estreou em 17 de Outubro nos cinemas, mas só recentemente consegui assistir. O filme tem muitas boas ideias devo admitir, mas na prática se torna uma bagunça. A história é fraca, não foi muito bem trabalhada, se a Disney quisesse mesmo produzir uma continuação, deviam ter melhorado o enredo. Os novos personagens não chamam muita atenção e nem sequer são carismáticos o suficiente. O roteiro é muito mal desenvolvido com a história que tem em mãos e com isso não conseguem se consistir, por exemplo: em uma cena ela possui carga dramática, na seguinte humor involuntário, e vice versa, não há planejamento de roteiro para acontecimentos e cenas assim.


O principal erro do filme já está no título 'Dona do Mal'. Em nenhum momento Malévola fica "do mal", como esperávamos, o trailer do filme engana muita gente. E pior, a própria protagonista se tornou espectadora do próprio filme.




Assim como no primeiro filme, Angelina Jolie continua fantástica, ela consegue trabalhar através do corpo, da emoção e das nuances da personagem, definitivamente ela é a alma do filme. Seu único problema é através do roteiro, por muitas vezes Malévola não aparecia e para tentar preencher esse vazio, tentavam dar espaço para os novos personagens e assim, melhorar o roteiro, sem sucesso para ambos, o filme dependia e muito dela.





Elle Fanning teve mais com o que trabalhar e teve um pouco mais de brilho nesse do que no anterior, já que o filme focava na vilã e não na princesa. Aqui ela esteve bem, teve mais cenas e mais destaque, e conseguiu defender bem sua Aurora, fez com que gostássemos mais dela, mas não teve jeito, assim como no primeiro filme, ela foi engolida pela presença de Angelina.




E aqui foi uma pequena decepção, uma vilã que seria ótima e que chamaria a atenção senão fosse pelo próprio roteiro. Michelle Pfeiffer bem que tentou, mas não conseguiu entregar à altura de sua atuação com uma péssima personagem que foi a rainha Ingrith. A personagem prometia muito, já que ela era a grande vilã e teria vários embates contra a Malévola, mas foi porcamente mal escrita, mal desenvolvida, era totalmente clichê e maniqueísta. Suas razões e motivos para fazer tais ações não faziam um pingo de sentido, ela apenas fazia maldades porque queria e porque estava no roteiro, não havia explicações. E seu final foi completamente ridículo e bobo.


Mas nem tudo foi um desastre, um ponto positivo são os efeitos especiais, com um orçamento de quase 185 milhões de dólares, o filme teve uma boa cenografia, imagens lindas e cativantes que enchiam os olhos de quem assistia, e efeitos pra lá de maravilhosos, como se tudo aquilo fosse real. 
Pode até ter sido mal escrito, mas ter sido mal produzido, isso é uma completa mentira.


Malévola: Dona do Mal foi decepcionante para aqueles que aguardavam com anseio pela continuação, mas mesmo com os problemas, não significa que o filme é ao todo ruim, tem muitas qualidades, mas também muitos pontos negativos, é um bom filme para quem quer se distrair e deixar a realidade um pouco de lado.


NOTA: 5.5/10





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